segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Como as crianças começam a desenvolver o raciocínio matemático?

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O raciocínio matemático é bastante complexo e exige capacidade de abstração 
cada vez mais refinada por parte da criança. Saiba como esse processo começa 
e de que forma pode ser favorecido!

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Muitas vezes tendemos a pensar que certos conhecimentos complexos, 
como os matemáticos, são desenvolvidos pelas crianças apenas a partir de 
atividades escolares direcionadas. Entretanto, antes mesmo de entrar na 
escola, os pequenos já começam a elaborar certas compreensões a partir 
do que observam, vivenciam e experimentam. Isso dará base para que, 
posteriormente, possam entrar em contato com raciocínios mais elaborados.
Como será que se dá a aprendizagem dos rudimentos da matemática em 
crianças muito pequenas? 
De que forma podemos favorecer esse processo? 
O professor Jeff Bisanz, da Universidade de Alberta no Canadá, realizou diversas pesquisas sobre o tema e algumas das informações que obteve foram divulgadas 
Veja a seguir algumas delas:
-Aos 6 meses: Nessa fase, as crianças gradualmente conseguem perceber a 
diferença entre pequenos conjuntos de elementos com quantidades diferentes 
(por exemplo, um pote com 2 e outro com 3 morangos colocados lado a lado). 
Também são capazes de distinguir conjuntos com maior quantidade de objetos, 
caso a diferença entre os agrupamentos seja significativa (por exemplo, um recipiente 
com 16 bolinhas de gude e outro com 32).
-A partir de 3 anos: Nesse momento, as crianças são capazes de contar até 
10 de forma cada vez mais autônoma. Elas conseguirão, aos poucos, utilizar 
esse conhecimento para contar quantos objetos existem em uma determinada 
situação. Convidá-las a fazer esse exercício de forma descontraída é uma forma 
de ajudá-las a dominar cada vez mais essa habilidade. Isso também favorece que compreendam de forma cada vez mais consistente o significado dos números (por exemplo, a noção de que 4 é sempre mais do que 2 e 5 é sempre menos do que 
6 quando pensamos em quantidade de elementos).
- Aos 6 anos: Nessa idade, as crianças já conseguem contar com maior habilidade, chegando a quantidades maiores. Já começam a compreender de forma mais 
desenvolta as relações entre quantidades diferentes e o significado dos números. 
Podem chegar a fazer somas e subtrações simples.
É importante que os adultos favoreçam oportunidades de a criança explorar o 
raciocínio matemático de forma natural e lúdica. Isso fortalecerá seu interesse pelo assunto, permitindo também uma compreensão dos contextos em que a matemática 
está presente na rotina. Algumas possibilidades interessantes com esse intuito, 
apontadas por Jeff, são jogos de tabuleiro, brincadeiras com cubos, dados e quebra-cabeças, contar objetos, figuras ou partes do corpo junto com a criança de forma 
divertida e utilizar linguagens como a arte e a música para lidar com quantidades 
(por exemplo: desafiar a criança a desenhar 3 laranjas e 1 maçã ou batucar um 
tambor num determinado ritmo).
Além das situações citadas pelo pesquisador, outras investigações apontam que 
as crianças pequenas também aprendem, desde cedo, os diferentes contextos em 
que os numerais aparecem socialmente, nem sempre representando quantidades, 
como no caso de números de telefone. Com pequenas ajudas, avançam na contagem 
de objetos (por exemplo, conforme lhes oferecemos os chamados “marcos”, 10, 20, 
30 etc., as crianças, de posse dessa informação, conseguem seguir contando: “31, 
32, 33…” e aprendem sobre as regularidades ali presentes). Por volta dos 5, 6 anos, 
são ainda capazes de multiplicar e dividir, lidando com quantidades menores e não 
de forma convencional, mas a partir de suas próprias estratégias. 
Vale ressaltar que quanto mais oportunidades a criança tiver de entrar em contato
 com a linguagem matemática espontaneamente antes da idade escolar, mais 
fortalecida ficará a sua base para desenvolver raciocínios complexos nessa área 
do conhecimento posteriormente. Infelizmente, nem todas as crianças têm a 
mesma chance de experienciar situações favoráveis nesse sentido e isso gera 
diferenças significativas em seu ponto de partida quando chegam à idade escolar.
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Retirado do site Toda criança pode Aprender

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